Reflexão sobre Destino e Jornada

Se você não tem uma organização hierárquica das suas prioridades, você inevitavelmente acaba fazendo um monte de coisas ao mesmo tempo – e geralmente não avança com nenhuma delas.

Isso porque (digamos que você decidiu fazer cinco coisas novas na sua vida), cada uma dessas coisas só tem um quinto da importância que poderia ter.

Ou seja: apesar de serem cinco novas coisas que você julga serem importantes e que você deseja melhorar, elas acabam não recebendo a devida importância, e terminam por ser passatempos ou entretenimento – não te tornam melhor.

Isso é muito comum hoje em dia, e é consequência da falta de organização hierárquica das suas prioridades.

É o que faz uma pessoa “amar de paixão” fazer tal coisa, e um ano depois nem pensa mais sobre isso e já “ama de paixão” fazer outra coisa completamente diferente.

Tem gente que passa a vida toda pulando de coisa em coisa que “amam de paixão”, sem perceber que, na realidade, eram só consequência de uma falta de organização hierárquica sobre o que é realmente importante.

Qual é a grande e inevitável consequência de se viver assim?

Infelicidade.

Por quê?

Porque felicidade e entusiasmo dependem da percepção de se estar progredindo em direção a um objetivo que tem valor.

Não é sobre chegar no destino, e sim sobre a jornada que conduz até ele.

E sem um objetivo de valor fixo no horizonte (o destino) e uma organização de prioridades hierárquicas que conduzam a esse objetivo (a jornada), você nunca encontrará felicidade ou entusiasmo duradouro.

Então pessoas sem destino também são pessoas sem uma jornada.

E é exatamente por isso que passam a vida pulando de ideia em ideia: porque cada coisa nova trás aquela sensação passageira de entusiasmo.

Traz uma ilusão de que se encontrou um destino e uma jornada. A pessoa sente por um breve momento como se ela tivesse essas duas coisas.

Mas a ilusão morre. Com isso, morre também o entusiasmo pela ilusão.

A pessoa continua perdida, sem destino e sem jornada, em busca de outra ilusão passageira que a iluda por mais uns meses.

Moral da história:

Pare e pense: o que eu digo “amar de paixão” tem um destino e uma jornada?

O meu destino é um objetivo de valor, e a minha jornada está me conduzindo mesmo, dia após dia, em direção a esse objetivo?

Se a resposta for sim, siga em frente.

Se a resposta for não, você está perdido, sem destino e sem jornada, e a causa disso é a ausência de uma organização hierárquica das suas prioridades.

2 comentários sobre “Reflexão sobre Destino e Jornada

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