Eu recentemente apaguei o meu perfil do Instagram com mais de um milhão de seguidores, uma ferramenta que eu comecei a mexer em 2010 e mantive durante esses últimos 13 anos.

Entendo que aquele ciclo foi devidamente fechado na minha vida: comecei a mexer logo que o Instagram foi lançado no fim de 2010; usei com bastante sucesso como ferramenta de projeção do meu trabalho de piloto de automobilismo, sendo o primeiro piloto a abolir o conceito de assessoria de imprensa e a fazer o mesmo trabalho através do meu Instagram, com o meu estilo e as minhas palavras; depois de encerrar minha carreira no automobilismo, transformei meu Instagram em uma ferramenta de influência (e renda) com foco em viagens pelo mundo; nos últimos anos, fui aos poucos me distanciando disso e me aproximando de outras coisas relacionadas à minha vida intelectual; por fim, ficou evidente que o Instagram era um inimigo da minha vida intelectual, e deveria ser eliminado – e assim foi feito.

Se estamos vivos e olhando para frente, eventualmente os interesses mudam, e as coisas ligadas a esses interesses necessariamente devem mudar também. Seria muito triste fazer as mesmas coisas sempre e continuar achando que elas são as mais importantes e interessantes que eu poderia estar fazendo. Seria como aquelas pessoas de 35 anos de idade que ainda saem de balada, sabe? Fica claro que o tempo passou, a pessoa envelheceu de corpo, mas não deu nenhum passo com a mente (ou com a alma). Eu sempre tive muito cuidado com isso, avaliando quando algo estava me estagnando na vida, e tratando de eliminar essas coisas que nos atrasam.

Enfim, esse post é somente para documentar essa mudança na minha vida. Talvez eu volte a postar aqui com mais frequência; talvez não.