Reflexão sobre o Bom e o Mau

O bom e o mau formam o ponto de partida mais básico para a orientação da sua alma – e, consequentemente, da sua vida cotidiana e da sua jornada.

Se você consegue dizer que o mau existe, então a existência desse mau depende da existência de algo bom.

São conceitos dependentes.

Sendo assim, a próxima questão básica de qualquer pessoa deve ser: mas qual é o critério que classifica o bom e o mau, e que os definem?

Bom e mau são opostos que vêm de dentro – ninguém nos ensina didaticamente o que é cada coisa do bem e cada coisa do mau. Seria impossível fazer isso. Portanto, são coisas que nós sabemos sem aprender – de certa forma, elas nascem em nós com o nosso nascimento.

Com o tempo de vida, nós basicamente temos duas opções com relação a isso:

1- Entendemos cada vez melhor o que constitui o bem e o mau, e ao fazer isso aumentamos a nossa capacidade de identificar e promover o bem e identificar e condenar o mau;

2- Entender cada vez menos sobre os dois conceitos do que já entendíamos ao nascer, e ao fazer isso aumentamos a nossa capacidade de confundir o bem com o mau, e a ver como relativas as coisas que na realidade são definitivamente do bem ou do mau.

O relativismo é a consequência mais óbvia do esquecimento do que é bom e do que é mau.

Através do relativismo, o egoísmo passa a ser o grande definidor do que é bom ou mau.

Ou seja: algo bom pode às vezes ser mau, e algo mau pode às vezes ser bom, dependendo da vantagem ou desvantagem pessoal que a pessoa envenenada por relativismo enxerga em cada situação.

Sabe aquela noção simples mas tão verdadeira de que a cabeça vazia é a oficina do diabo? Ou outra versão igualmente verdadeira: a mente vazia é a oficina do fracasso.

Essa é uma forma clara de se perceber a consequência prática no dia a dia daquela pessoa que desaprendeu sobre o bom e o mau e se tornou escrava do relativismo.

A cabeça está vazia porque nós nascemos sabendo distinguir o bem e o mau (cabeça cheia), e com a falta de cultivo sobre o conhecimento desses opostos, nos esquecemos do que já sabíamos (cabeça vazia), e na ausência de algo superior que nos mantenha alertas sobre o bem e o mau, tudo o que é mau tem acesso fácil e uma morada tranquila – entre os diversos sintomas dessa doença moral, está o relativismo.

Em outras palavras: cultivar o conhecimento da moralidade sobre o bem e o mau é treinar um exército de super soldados que ficam de prontidão na defesa da sua alma (cabeça sempre cheia).

Ao menor avanço do que é mau (às vezes camuflado como bem pelo relativismo), os seus super soldados o identificam independente da camuflagem usada, e atacam, e eliminam o mau de uma só vez.

A ausência desses super soldados (cabeça vazia) significa deixar os portões da sua alma abertos para que o mau invada e faça do seu mais precioso interior uma morada tranquila, e uma base para planejar e lançar novos cercos contra as almas dos outros que te cercam.

O mau estabelece suas bases em almas desprotegidas (cabeças vazias). Essas almas se tornam o território conquistado, e a partir dessas bases, o mau treina também os seus soldados, que partem para o ataque e conquista de novos territórios, que são as almas das pessoas mais próximas daquela que foi derrotada e conquistada.

Você nota como a expansão do território do mau pode ocorrer rapidamente?

Em pouco tempo, as almas desprotegidas das pessoas mais próximas caem também sob seu domínio, e se tornam novas bases de expansão.

Agora, ninguém quer isso!

Pense por um minuto nas experiências mais notáveis de Inferno que podemos conhecer aqui na terra: por exemplo, os regimes comunistas que levaram mais de 100 milhões de inocentes à morte em nome da pregação relativista do “bem maior”- que é o mau camuflado de bem.

No Inferno que causaram, o próprio Rei do Inferno não tinha uma vida melhor do que qualquer pessoa simples e comum que vivia fora do Inferno, em lugares com liberdade.

Nem o Rei do Inferno tem paz e a mente tranquila de quem sabe discernir o bem e o mau.

Agora, voltando para nós, que podemos ser exemplos individuais de um Paraíso bem) ou de um Inferno (mau), dependendo do cultivo ou não-cultivo da moralidade do bem e do mau que já nasce dentro de nós. Pergunto:

Você ainda tem dúvida sobre qual tipo de vida você quer levar?

Você tem as chaves das duas possibilidades nas suas mãos nesse exato momento.

E lembre-se: isso não começa por você, e isso não termina em você.

3 comentários sobre “Reflexão sobre o Bom e o Mau

  1. Muito boa reflexão Fernando.
    Bem isso: que lado vc quer alimentar e desenvolver?
    Muito bom pra gente pensar. Nos dias atuais, moral foi pro lixo, reflexão foi pro lixo … Então bom exercício pra pensar na nossa vida diária e participação e responsabilidade sobre tudo q nos cerca.
    Gostei!!! 💚💚

    Curtido por 2 pessoas

  2. Vivemos através da dualidade e através da orientação original de nascimento, entramos na vida por um ou outro sentido e isso por herança espiritual. Eu não tenho duvida que o tipo de vida que sempre escolhi e continuarei escolhendo é o “bem” porque está conectado com a minha essência e procuro manter dessa forma sem desvios. Ótima reflexão. Obrigada por compartilhar.

    Curtido por 1 pessoa

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