Sobre yoga e demônios

“Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (São João 8:31-32)

Introdução

O tema do post de hoje é a relação de yoga com demônios. Como sempre, não busco ser politicamente correto, e minha intenção é que a verdade seja dita, e que ela liberte quem estiver inclinado para a libertação. Algumas coisas são boas em si; outras coisas são más em si, mesmo podendo ser praticadas através da busca de um bem. Em outras palavras: boas intenções não livram alguém de praticar um mal. Como bem sabemos: o caminho para o inferno é pavimentado por boas intenções. Creio ser este o caso da moda da yoga que há anos acontece nos países do Ocidente: como sempre, algo ruim chega aos nossos países travestido de algo bom, transformado em um produto comercial e apelando para bens comuns que as pessoas de determinadas épocas sentem falta – neste caso da yoga, “bem-estar”, “saúde”, “espiritualidade” e boas companhias. São coisas ruins? Claro que não! Mas é justamente nisso que mora a chave da questão: yoga oferece isso, mas yoga não é isso. Através destes bens verdadeiros que são comercializados, milhares de pessoas acabam atraídas por algo que, em sua finalidade, não é um bem. Na busca do bem, geram frutos do mal, sabendo disso ou não. Portanto, este é o tema do post de hoje. Enquanto este post estiver online, se uma única pessoa deixar de praticar yoga porque a sua visão de mudo sobre isso mudou, eu sentirei que a missão foi cumprida e a vitória alcançada.

O que os demônios buscam?

Existe uma confusão muito comum no entendimento sobre o que os demônios buscam com nós humanos. Muita gente crê que o que eles buscam é simplesmente nos conduzir para o inferno, a punição eterna. Isso é verdade, mas é somente parte da verdade.

Os demônios sabem que o seu reino do inferno tem uma data de validade. Eles sabem que, no fim, nós venceremos: “Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?” (São Mateus 8:29). Portanto, eles sabem que o seu papel de coadjuvante no mundo tem um prazo, e que por fim, todo o trabalho será impedido de prosseguir. Sabendo que o resultado final é a derrota, o que eles buscam então?

Os demônios buscam a mesmíssima coisa que buscaram desde o primeiro dia: reverência e adoração, frutos do orgulho. Ao recusarem obediência a Deus, foram condenados à queda, e neste mundo da queda, buscam a reverência e adoração que sabem ser bens que pertencem somente a Deus. Em outras palavras: enquanto o tempo existe, eles brincam de deuses, maquinando as formas mais inventivas de capturar os corações de nós humanos, sendo isso feito através das nossas boas intenções ou não.

Da mesma forma que as nossas intenções não lhes interessam, pois como Jesus Cristo nos ensinou são pelos frutos que nós seremos julgados, também não interessa aos demônios se nós homens prestamos culto, reverência e adoração a eles diretamente ou indiretamente – sabendo do que estamos fazendo ou não. O que importa é o fruto gerado: que eles tenham a satisfação de serem adorados como deuses, e assim tirarem um sarro da cara de Deus, mesmo que por um breve período, até o dia da derrota final.

Portanto, tendo estabelecido o que os demônios buscam com nós humanos (reverência e adoração, assim como a nossa condução para o inferno), podemos voltar para o tema da yoga.

O que é yoga?

Quando pergunto “o que é yoga”, a maioria das pessoas responde associando-a aos bens que eu descrevi na introdução: é um tipo de “exercício”, uma prática de “bem-estar”, uma atividade “espiritual”. A maioria das respostas cai em uma destas três categorias. Todas estão erradas.

O termo yoga vem do sânscrito e significa “controle” ou “unir”. Controle por quem? Unir com o que? A chave da questão está na resposta desta pergunta. Na “espiritualidade” da yoga, a proposta jogada ao vento é unir-se com “o todo do universo”, uma união com certa servidão a este suposto “todo”. Vou utilizar alguns exemplos práticos da yoga, com os termos deles que qualquer praticante conhecerá bem, para ilustrar melhor a que “controle” eles realmente se referem:

A pose de três partes do guerreiro invoca o “deus” Virabhadra, que foi criado por outro “deus”, Shiva, para assassinar o sogro de Shiva. As três poses imitam a sequência deste assassinato.

Matseyadrasana e Gorakshasana têm o nome de “gurus” hindus que fundaram o estilo que levou a este yoga da moda contemporânea. De acordo com a lenda da fundação, eles usaram os seus “poderes ocultos” para cometer roubo, adultério, fraude, estupro, profanação de cadáveres, o assassinato do filho de Matsyendra, e travestir-se passando-se por mulheres.

De acordo com a fundadora do Rasa Yoga, Sianna Sherman, a pose da “deusa” invoca a “deusa” das trevas Kali, conhecida por fazer roupas com partes do corpo de inimigos mortos. Os devotos de yoga sacrificam suas crianças a ela na Índia até hoje.

Com isso, começa a ficar evidente o que eu estabeleci no início deste texto: que é possível praticar atos abomináveis com as mais puras das intenções. Isso ficará ainda mais claro daqui para frente.

E quanto ao propósito declarado do yoga? Vai além de posturas que homenageiam “deuses” e “gurus” hindus problemáticos. O Ministério das Relações Exteriores da Índia afirma: “Yoga é essencialmente uma disciplina espiritual baseada em uma ciência extremamente sutil que se concentra em trazer harmonia entre mente e corpo. A prática do yoga leva à união da consciência individual com a da Consciência Universal”. Portanto, yoga é, em sua essência, uma disciplina espiritual – não vamos nos esquecer disso, é importante! Este trabalho “espiritual” está enraizado na crença de que a consciência é o nosso veículo para o divino. O objetivo final é a dissolução da nossa identidade individual e a realização do nosso “verdadeiro eu”, para fundir a nossa consciência com uma espécie de mente coletiva – a destruição do indivíduo e a união (lembre-se de um dos significados do nome “yoga”, que era “unir”) com um coletivo em que cada um pertence a “algo superior”.

Um “mantra” que acompanha as posturas físicas, é “eu sou o que digo que sou”. Considerando como Deus se identifica em Êxodo 3:14 (“Deus respondeu a Moisés: Eu sou aquele que sou.”) isso me parece muito com uma tentativa de transformar os seres humanos em supostos deuses. É uma afirmação filosófica radical que dá origem a um tipo muito específico de espiritualidade, e nada benigno para nós Cristãos.

Você pode chegar perto da verdade indo diretamente a alguns dos professores de yoga mais conceituados aqui no Ocidente, como Anusha Wijeyakumar. Ela explica que “o objetivo final do yoga é união final com a consciência divina, yoga é muito mais do que posturas físicas”. Pois bem, sabemos que não se trata então de “um tipo de exercício” ou de “uma prática de bem-estar”, mas sim de uma atividade do espírito, que através de “mantras”, técnicas de respiração e posturas derivadas de eventos sórdidos visa a destruição de você como você é, exercendo “controle” sobre você e forçando a sua “união” a “algo superior” que permanece sempre oculto e abstrato, garantindo apenas que você não será mais você.

Tudo bem só fazer as posturas, sem o lado espiritual?

Uma defesa comum entre Cristãos que praticam yoga é que eles se apegam somente às posturas como uma forma de exercício, mas ignoram toda a parte espiritual da coisa toda. Afinal, tudo bem praticar yoga desta forma? As posturas dos alongamentos são intrinsecamente malévolas? Para dizer, precisamos definir qual é o “objeto moral” destas posturas.

Os próprios praticantes de yoga apontam isso, mesmo que não sejam muito diretos. As posturas visam despertar a tal da kundalini, “energias da alma”, associadas aos “deuses” hindus. Esta energia começa adormecida na base da coluna, descrita como uma “deusa serpente adormecida”. A prática de yoga envia esta serpente acima pela espinha para tomar posse da alma da pessoa, para que o praticante possa alcançar o seu “eu autêntico”, subjugando-se ao controle desses “deuses”.

A intenção subjetiva tem uma forma de se conformar ao objeto moral através da prática repetida. Em outras palavras, o objeto moral da yoga, que inclui todo o lado espiritual que destaquei acima, não deixa de ser perseguido e alcançado simplesmente porque você decidiu que fará um uso diferente das posturas que conduzem a tudo aquilo. Duas pesquisas científicas mostram que, embora a maioria das pessoas inicie a yoga pelos benefícios à saúde, muitas persistem para alcançar essa “atualização espiritual”. O padre francês Joseph-Marie Verlinde, que se aprofundou muito no yoga antes de se converter, disse ao seu então guru que os ocidentais praticam principalmente yoga para relaxar, buscando uma forma de exercício e bem-estar. O guru caiu na gargalhada e respondeu: “Isso não impede que o yoga tenha o seu desejado efeito”. Foi depois disso que caiu a ficha dele sobre o que realmente estava acontecendo.

Então, para responder à pergunta: não, não está tudo bem só fazer as posturas, e tentar ignorar o lado espiritual. Como disse o guru: “Isso não impede que o yoga tenha o seu desejado efeito”. Trata-se um caso típico de perseguir algo ruim com boas intenções. Os frutos gerados, como sabemos, serão sempre ruins. E como diz nos Salmos: “Porque os deuses dos pagãos, sejam quais forem, não passam de ídolos”. (Salmos 95:5) Nas traduções antigas dos Salmos, antes dos tempos do politicamente correto, lia-se: “Porque os deuses dos pagãos, sejam quais forem, não passam de demônios”. Agora sim, chegamos um passo mais perto do objeto deste post.

Porque yoga é adoração de demônios

Recapitulando a lógica até aqui: inicialmente, definimos o que os demônios buscam com nós humanos durante a nossa peregrinação aqui nesta vida mundana – reverência e adoração; na sequência, escrevi brevemente sobre o significado da palavra yoga, e o que esta pratica representa, de acordo com seus representantes – uma prática espiritual que através de “mantras”, técnicas de respiração e certas posturas visa a “dissolução do seu ser”, realizado através da ação da “deusa serpente” na sua alma; por fim, determinamos que é impossível separar as posturas da sua ação espiritual. A pergunta que nos resta é: como isso tudo se refere aos demônios?

Fazer estas posturas no contexto do yoga, como parte da prática do yoga, independentemente da intenção da pessoa, transforma-as em uma forma de promover a espiritualidade do yoga. Em outras palavras: as posturas agem como um sacramento, no sentido amplo do termo – um sinal visível de um trabalho espiritual mais profundo. Agora, um sacramento de que? Obviamente, dos “deuses” do hinduísmo, que desafiam o verdadeiro Deus através da quebra do indivíduo humano e da sua submissão a estes demônios.

Como tudo dentro do yoga (os “mantras”, as técnicas de respiração, e as posturas) simbolizam ou folclore dos demônios hindus ou de homens que promovem adoração a estes demônios (“gurus”), dificilmente um Cristão escapará da conclusão de que praticar yoga consiste na adoração (mesmo que indireta) de demônios. O hinduísmo tem 330 “deuses” que são honrados através das posturas de yoga. Nós sabemos melhor, porque temos as Escrituras Sagradas que nos ensinam: não existem 330 “deuses”, mas 330 demônios se passando por deuses na sua busca por reverência e adoração por parte de nós humanos.

Explicitamente, como vimos acima, as práticas do yoga abrem as portas da sua alma para a ação destes demônios, convidando-os a mudar o seu ser e a moldá-lo, efetivamente, ao que eles bem entenderem – seja ao “universo” ou qualquer outra bobagem abstrata que os demônios sabem que um humano pobre de espírito esteja buscando nas melhores das intenções.

Conclusão

Para qualquer Cristão, basta saber o primeiro dos Dez Mandamentos para passar longe de yoga:

“Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de minha face”. (Êxodo 20:2-3)

“Não adorarás os seus deuses, não lhes prestarás culto, imitando as práticas (desses povos), mas derrubarás os seus deuses e farás em pedaços as suas estelas. Prestarás culto ao Senhor, teu Deus, que abençoará teu pão e tua água, e te preservarei da enfermidade”. (Êxodo 23:24-25)

Mas às vezes, as piores coisas deste mundo caído chegam até nós camufladas de coisas boas. Coisas que nos conduzem ao inferno e a ofender Deus profundamente aparecem como práticas benignas, como “tipos de exercício” ou “práticas de bem-estar”. No mundo de hoje, em que tudo vira um produto comercial que visa tirar lucro dos problemas e desafios que a maioria das pessoas têm, é mais importante do que nunca entender o que está por trás de cada coisa. Neste caso da yoga, as pessoas buscam coisas genuinamente boas: exercício, saúde, bem-estar, alto astral, etc. É justamente através desta busca de coisas boas que os demônios conseguem oferecer algo que parece responder à estas demandas, mas que através dos bens acaba conduzindo a algo terrível.

A embalagem do presente é maravilhosa; o presente que está dentro é assustador. Enquanto as pessoas focarem na embalagem do presente, elas não verão a coisa como ela realmente é. Mas como disse o tal “guru”: “Isso não impede que o yoga tenha o seu desejado efeito”. Ou seja: o presente terrível continua sendo o que ele é, estando você fascinado somente pela beleza da embalagem ou não.

Os demônios buscam acima de tudo reverência e adoração. A prática de yoga é centrada justamente na reverência e adoração dos demônios que fazem uso desta prática para conquistarem o que desejam. A embalagem do presente é exercício, saúde, bem-estar; o presente em si é reverência e adoração a demônios, abrindo as portas da sua alma para que eles a moldem de acordo com as suas vontades. Nós seremos julgados pelos nossos frutos. As nossas intenções podem ser as mais perfeitas, mas se gerarem frutos de condenação, nós seremos condenados. É isso que está em jogo quando se trata de yoga: quais são os frutos? Não para você, que são frutos bons (exercício, saúde, bem-estar), mas para Deus, quando você oferece reverência e adoração para os inimigos Dele – nossos inimigos?

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